Festival de Cinema de Cachoeira do Sul estreia em 2025 com foco no audiovisual gaúcho – Inscrições abertas até 20 de junho

O Rio Grande do Sul ganhará um novo espaço para celebrar sua produção audiovisual a partir de 2025. O 1º Festival de Cinema de Cachoeira do Sul (FECCS) será realizado em outubro, em diversos espaços culturais da cidade, com programação presencial e gratuita.

O festival tem como objetivo fortalecer o cinema gaúcho, valorizando a produção local e regional. Assim, o FECCS pretende promover a troca entre criadores, público e profissionais do setor audiovisual.

As inscrições estão abertas até o dia 20 de junho de 2025 e são gratuitas. Podem participar obras de qualquer gênero, dentro das seguintes categorias: Curta-Metragem Gaúcho, Curta-Metragem Estudantil (exclusivo para filmes estudantis de Cachoeira do Sul) e Videoclipe. Para mais informações, o regulamento completo está disponível neste link: regulamento do FECCS.

O formulário para inscrição está disponível em: formulário de inscrição FECCS.

Os filmes selecionados serão exibidos nas mostras competitivas do festival, que contará com premiações específicas para cada categoria. Além das exibições, o FECCS oferecerá oficinas, debates e outras atividades culturais gratuitas, voltadas para o público e os profissionais do audiovisual.

O festival será realizado presencialmente em Cachoeira do Sul, com datas a serem divulgadas em breve. A iniciativa visa fortalecer a cultura audiovisual no interior do Rio Grande do Sul e ampliar o acesso do público a produções independentes e regionais.

Para acompanhar as novidades, o público pode seguir o festival no Instagram: @feccs.festival. Dúvidas e outras informações podem ser enviadas para o e-mail oficial: feccs.festival@gmail.com.

Não perca a chance de participar da primeira edição do Festival de Cinema de Cachoeira do Sul. Inscreva seu curta ou videoclipe até 20 de junho e faça parte deste importante movimento cultural.

Cine Especial – Saberes ancestrais, galeria de fotos

No dia 14 de março, o Cine Via Sete recebeu o evento “Cine Especial – Saberes Ancestrais”, promovido pelo Café Paulo Freire com o apoio da vereadora Mariana Carlos, além do suporte de Saia Rodada, Sarita Livros e Cine Via Sete.

Foram exibidos os documentários “A Plantadeira” (10 min), produzido em Garopaba/SC, com a presença da produtora Fátima Magalhães, e “Quicumbi em Cachoeira do Sul” (20 min), com a participação da produtora Nathaly Weber.

Durante o evento, também ocorreu o pré-lançamento do livro digital “A Cura Através dos Tempos“, de Mariana Carlos. Após as exibições, houve um bate-papo mediado por Mirela Kruel, proporcionando um espaço para troca de saberes e reflexões sobre as temáticas abordadas.

Todos os projetos foram contemplados pelos Editais Municipais da Lei Paulo Gustavo, com investimento do Ministério da Cultura e do Governo Federal.

Entrada franca.


Fotos gentilmente cedidas pela artista/fotógrafa Amanda Prestes.

(Re)lendo gêneros, sexualidades e Estado normativo em Pelo Malo

Pensar o cuír decolonial como projeto epistemológico na América Latina nos permite abordar uma gama crescente de questões urgentes acerca dos gêneros e sexualidades, que impactam fortemente as experiências não- e antinormativas, especialmente em contextos nacionais historicamente controlados por estados normativos. Neste trabalho, apresento uma análise da relação entre o estado normativo e a experiência da sexualidade dissidente no filme venezuelano Pelo Malo (2013), dirigido por Mariana Rondón. Para isso, fundamento minha análise na proposta de decolonização epistemológica constituída nos trabalhos de Gloria Anzaldúa, Walter Mignolo e Aníbal Quijano. Busco, através dessa análise, construir uma crítica à normatividade do Estado como é representado no filme para assim contribuir com o fortalecimento dos projetos de libertação epistemológica do Sul Global frente aos violentos avanços neoliberais.


(Re)lendo gêneros, sexualidades e Estado normativo em Pelo Malo
catraca mayer
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Sarita Livros

Pode Estamira falar?

Analisa a representação de Estamira, personagem principal no documentário homônimo de Marcos Prado, lançado em 2006, visando responder, num contexto concreto e específico, a questão ou problema teórico elaborado por Gayatri Spivak (2010) em seu clássico estudo sobre o discurso intelectual e a possibilidade de voz das populações marginalizadas. Se Spivak lançava a pergunta “pode o subalterno falar?”, aqui, a tentativa será a de responder se, através de uma representação fílmica, pode Estamira falar.

Além do clássico de Spivak, o referencial teórico discutirá ainda determinadas especificidades do gênero documentário e sua estreita vinculação entre ficção e realidade, bem como as contribuições teóricas de Michel Foucault (2009) relacionadas à vida dos homens infames e a existência do seu discurso condicionada às situações de cruzamento com o poder.

Minha leitura da situação discursiva de Estamira, portanto, busca problematizar a possibilidade do intelectual, aqui na figura do cineasta, de dar voz ao subalterno através de suas produções e representações. Respondendo afirmativamente tal questão, o artigo se conclui, contudo, considerando que o discurso da mulher Estamira dispensa a análise ou a tentativa de racionalização do intelectual/cineasta para adquirir sua força, dado que a descontinuidade da sua fala é justamente o que revela as tensões do cruzamento do sujeito com o poder.


Pode Estamira falar?: o cinema documentário brasileiro e a voz do sujeito subalterno
Marco Aurélio de Souza
ebook
ASIN: B0CT97JNHP
Sarita Livros

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